
Hoje é preciso estar bem informado, buscar cada vez mais o conhecimento para que se entenda a causa, a contextualização, conseqüências da notícia para que se obtenha compreensão e, apartir disso relatar seus pontos de vista sobre determinados temas. “Só fala e escreve bem, quem pensa bem”, segundo Fialho Almeida. Ou seja, a habilidade de se escrever bem é o resultado da habilidade de se pensar bem, pensando de uma forma clara, objetiva e lógica. A objetividade dentro do jornalismo prende-se a busca de confiabilidade, de informações contundentes para que apartir daí se obtenha opinião sobre determinado assunto.
Esta objetividade se remete a uma exigência de mercado com informações claras, de uma forma popular, confiando nos fatos e desconfiando das opiniões. Assim, fatos transformam-se em afirmações concretas. Hoje em dia, as manchetes são produzidas de tal forma que o leitor inicie uma leitura da matéria com “espírito crítico”. Pois estão cheias de comentários e opiniões pessoais desses jornalistas. O jornalista é um canal, é um meio de se mostrar a realidade, nesse ponto ele vê e compreende esta realidade, interpreta pelos sentidos, ele sente, não pensa, assim se baseia num “positivismo sensualista”, segundo Shudson.
Michael Kinsley reconhece que “jornalismo de opinião”, é o que está “funcionando” em termos de audiência em jornais, revistas, televisão, rádios, mas também afirma que os jornalistas que reivindicam não ter suas próprias opiniões estão profundamente desinteressados acerca do mundo ao redor deles. Ou seja, para obter opinião, deve-se ter um conhecimento ao menos prévio sobre diferentes assuntos, buscando embasamentos contundentes para se extrair comentários. Matérias opinativas transparentes e objetivas são importantes meios de clareza para seus leitores, além de proporcionar pensamentos críticos sobre as mesmas.
“Os fatos são sagrados. A opinião é livre”, afirma o editor Scott Guardian. Nesse âmbito ele observa que tem que haver respeito sobre opinião, pois a opinião é necessária para haver entendimento sobre diferentes fatos ocorridos, além de proporcionar intrigações aos leitores, obtendo um senso crítico.
Não apenas vender notícias, mas atender necessidades de cada leitor fazendo reflexão sobre valores e interesses. Adotando neutralidade e imparcialidade. O discurso no jornalismo até em nossos dias atuais não passa de uma instituição política, cumprindo funções editoriais, quase sempre tendenciosas. Apesar de que estas empresas jornalísticas vêm tentando viabilizar cada vez mais a melhoria deste aspecto para dar satisfação a quem ler. Melhoria para um bom desenrolar para que a sociedade entenda os significados dos acontecimentos com mais precisão tendo como base notícias interpretativas, claras e objetivas. Essa luta constante ainda acontece no jornalismo, busca por uma liberdade de expressão, por seu parecer, suas ideologias, seus julgamentos.
Para Walter Lippmann notícia é sinalizar um evento, responsabilidade da imprensa é informar e só informará com credibilidade se o governo e outras fontes de notícias fornecerem dados confiáveis. Para mim notícia é a realidade, o jornalismo é a busca para a construção da realidade, apesar de que muita das vezes as notícias ainda estejam emaranhadas e escondidas. E mesmo que se pretenda ser o mais objetivo possível, ainda se mantêm um julgamento sobre as mesmas. Pois somos incentivados, movidos por algum sentimento. O jornalista tem que cumprir regras das empresas, seguir aquela antiga frase, dançar conforme a música, cessando a liberdade deste jornalista. O tempo e o espaço também auxiliam para um jornalismo xucro, por exemplo, o editor resolve cortar uma informação que para o jornalista é essencial, fazendo com que toda a matéria se desestruture, com isso se omite muitos detalhes, fatos que seriam importante no fechamento daquela matéria.
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